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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Guerra Fria

                                               Guerra Fria

 

 A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.


           
                                                       


Causas:

A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.

A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã.

 Principais Acontecimentos:

                                          Clássica

Período inicial de configuração e organização interna entre as duas potências. Neste momento a URSS encontrava-se arrasada após a Segunda Guerra Mundial, com mais de 20 milhões de mortos.

- Plano Marshall (1947): recuperar as economias europeias, integrando-as ao sistema capitalista, com recursos dos Estados Unidos. Stalin proíbe países do leste europeu de aceitar os recursos. 
- Criação da OTAN (1949) e, em resposta, do Pacto de Varsóvia (1955). 
- Bloqueio soviético aos setores "ocidentais" de Berlim (1948-49) e criação da República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e da República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) em 1949. 
- Muro de Berlim (1961).
- Guerra da Coréia (1950-53) e divisão do país em Coréia do Sul e Coreia do Norte. 
- Revolução Cubana de 1959 e Crise dos Mísseis de Cuba de 1962.

                                  Coexistência Pacífica

Coexistência pacífica foi um termo de política internacional cunhado pelo líder soviético Nikita Khrushchev para se referir às relações que manteria no futuro a União Soviética e os Estados Unidos dentro da chamada Guerra Fria, e geralmente aceita como política soviética no período de 1955 a 1962 a partir do ponto de vista ocidental, e de 1955 a 1984 a partir do ponto de vista soviético.

Foi adotada por Estados socialistas ou de influência soviética, e afirmava que eles poderiam coexistir pacificamente com os Estados capitalistas. Esta teoria foi contrária ao princípio que o comunismo e o capitalismo eram antagônicos e nunca poderiam existir em paz. A União Soviética aplicou-a às relações entre o mundo ocidental e, em particular, com os Estados Unidos, os países da OTAN e as nações do Pacto de Varsóvia.

Com a morte de Stalin, em 1953, subiu ao poder Nikita Kruschev o que desencadeou um processo de abertura, amenizando o rigor da censura, reduzindo o poder da polícia política, reabilitando presos políticos e fechando diversos campos de trabalhos forçados. Esse processo foi denominado "degelo" e "desestalinização". No XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em fevereiro de 1956, Kruschev revelou e denunciou os abusos, crimes e o "culto da personalidade" cometidos durante o governo de Stalin.

- Guerra do Vietnã (1964-1973)   foi um conflito armado ocorrido no Sudeste Asiático entre 1955 e 30 de abril de 1975. A guerra colocou em confronto, de um lado, a República do Vietnã (Vietnã do Sul) e os Estados Unidos, com participação efetiva, porém secundária, da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia; e, de outro, a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) e a Frente Nacional para a Libertação do Vietnã. A China, a Coreia do Norte e, principalmente, a União Soviética prestaram apoio logístico ao Vietnã do Norte, mas não se envolveram efetivamente no conflito. 

-Civil de Angola (1975)
A Guerra Civil Angolana foi um conflito armado no país africano de Angola, que teve início em 1975 e continuou, com alguns intervalos, até 2002. A guerra começou imediatamente após Angola se tornar independente do domínio de Portugal, em novembro de 1975.

- A invasão soviética do Afeganistão (1979)
Em 1979, a então URSS invadiu o Afeganistão com o intuito de auxiliar na implantação do socialismo, pois em 1978, os comunistas tomaram o poder no Afeganistão, os EUA temendo a expansão soviética tomaram algumas iniciativas, por exemplo, financiaram o Paquistão onde estavam presentes as bases de ataque. O Afeganistão contava com a colaboração do combatente Osama Bin Laden. - boicote das Olimpíadas de Moscou em 1980 pelos norte-americanos.

                                        Nova 

Este período é assim denominado porque os EUA voltam com força total, gerando uma nova corrida armamentista. A URSS entra em decadência e acaba colapsando neste momento.

- Eleição de Ronald Reagan; pedido de aprovação do "Guerra nas Estrelas" - sistema de defesa orbital contra mísseis soviéticos;
- ascensão de Gorbatchev na URSS (reforma econômica - Perestroika - e política - Glasnost): pregração pacifista e proposta de redução dos arsenais nucleares; 
- derrubada do muro de Berlim; 
- fim dos governos socialistas no leste europeu.

 

                                                     Corrida Espacial

 EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

                                    A crise da URSS

A Crise Soviética se expandiu pelos países que integravam o bloco socialista. A União Soviética estava saturada de problemas militares e políticos. A população se rebelava em vários países pedindo democracia e o fim do sistema socialista. Assim foi que, progressivamente, os países deixaram de integrar a União Soviética. Sua completa fragmentação já não deixava dúvidas ou qualquer esperança sobre seu futuro, a definitiva dissolução da mesma. No auge da crise, vários países abandonaram a União Soviética. Na Rússia, Boris Yeltsin assumiria o cargo de presidente, em 1991, e decretaria o final da União Soviética, permitindo a criação de novos países.

A Crise Soviética levou à dissolução da União Soviética e, por consequência, ao término da Guerra Fria. Neste conflito, os Estados Unidos consagraram-se como vencedores e o sistema capitalista tomou seu posto de liderança incontestada no mundo.

                                 O fim da Guerra Fria

 A Guerra Fria começou a esfriar durante a década de 1980. Em 1989, a queda do muro de Berlim foi o ato simbólico que decretou o encerramento de décadas de disputas econômicas, ideológicas e militares entre o bloco capitalista, comandado por Estados Unidos e o socialista, dirigido pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Na sequência deste fato, ocorreu a reunificação da Alemanha (Ocidental com Oriental).

 Podemos afirmar que a crise nos países socialistas funcionou como um catalisador do fim da Guerra Fria. Os países do bloco socialistas, incluindo a União Soviética, passavam por uma grave crise econômica na década de 1980. A falta de concorrência, os baixos salários e a falta de produtos causaram uma grave crise econômica. A falta de democracia também gerava uma grande insatisfação popular.

 No começo da década de 1990, o presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev começou a implementar a Glasnost (reformas políticas priorizando a liberdade) e a Perestroika (reestruturação econômica). A União Soviética estava pronta para deixar o socialismo, ruma a economia de mercado capitalista, com mais abertura política e democrática. Na sequência, as diversas repúblicas que compunham a União Soviética foram retomando sua independência política.

 Portanto, a década de 1990 marcou o fim da Guerra Fria e também da divisão do mundo em dois blocos ideológicos. O temor de uma guerra nuclear e as disputas armamentistas e ideológicas também foram sepultadas.